No dia a dia do empreendedorismo, o desafio sempre será o de “trocar o pneu com o carro andando”. E no caminho de criar condições para que sua empresa torne-se sustentável financeiramente e que sua marca torne-se reconhecida, muitos percalços serão vencidos (ou não). Nesse dia a dia, temos de tudo. Empresas que não prezam pela qualidade de entrega, cujos sócios só querem pagar as contas, misturando vida pessoal e vida corporativa. Empresas que já estão consolidadas e reconhecidas mas que enfrentam desafios de gestão maiores por conta de sua estrutura. E empresas que estão no meio do caminho. Já possuem algum nível de sustentabilidade financeira mas querem mais. Querem saber como dar o próximo passo.
As formas de se colocar em um caminho de diminuição de riscos e custos são várias. Você terá em sua empresa: sua própria experiência, seus sócios, seus colaboradores, consultores que você venha a contratar, entre outras opções. Acredito e estudo muito os modelos de trabalho, ou chamados frameworks. Acredito que, se entendidos e bem colocados na prática, tornam-se atalhos a caminhos que podem ser longos e teóricos demais. Veja este por exemplo.
Junto ao tradicional ciclo PDCA, clássico da gestão da qualidade criado na década de 20 nos Estados Unidos, inclui algumas ações práticas que trazem cada fase para a realidade.
Mas aí você pergunta: se é um ciclo, por onde começar? Tradicionalmente alguns vão dizer pelo planejamento. Planeja-se primeiro, para executar depois, para que se possa revisar e corrigir. Mas na prática não é assim que a banda toca. Assim como fazer uma faculdade tem (dizem e concordo) pouco a ver com a execução prática da profissão que se escolheu.
Na prática, sua reflexão conjunta com seus sócios; as sugestões técnicas de consultores, colaboradores e gestores e outras fontes de informação de sua empresa, podem indicar que: perfeito, vamos melhorar a estratégia e o planejamento, mas temos urgência em indicadores na área operacional, vendas tem desafios urgentes em gestão de pessoas e o financeiro precisa automatizar alguns controles pra já. Portanto, o que costumo conduzir em processos de implantação de metodologia é o paralelismo. Requer habilidade e é trabalhoso. Mas como costumo dizer:”melhor trabalhoso do que retrabalhoso”.
O que acha? Melhor o esforço extra no trabalho de encaixar sua empresa no ciclo de melhoria contínua que a solidificará de vez ou a continuação do retrabalho que tenta corrigir, mais uma vez, um problema na instalação da casa de um cliente, que gera a mesma reclamação em outros?
Ter o desejo da melhoria contínua é o primeiro passo. Planejar o início dessa mudança de mentalidade e de cultura considerando que, paralelamente, ela pode JÁ lhe ajudar a resolver problemas urgentes e fazer a roda (PDCA) começar a girar ao mesmo tempo, considero o segundo passo. Os passos seguintes serão dados com a habilidade na condução de pessoas, tempos e movimentos.
A partir daí, abrem-se as portas de clientes que ainda não haviam olhado para a sua empresa, os novos clientes não reclamarão da entrega, os desafios serão novos (não retrabalhos) e sua empresa terá todas as condições de dar os próximos passos, independente do tamanho de sua operação.
Todas as empresas, de qualquer tamanho, beneficiam-se do ciclo PDCA, da melhoria contínua que ele traz, do aprendizado permanente e da satisfação crescente de clientes, colaboradores e parceiros. Pense seriamente nisso.
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